A Fénix e a Páscoa
Estou de volta.
Mais um interregno.
Entretanto, muita água correu por baixo da ponte...
Fui pai novamente de mais uma menina lindíssima. Estou a contribuir para o proliferar da minha semente para aumentar a população nacional. Comecei no “A” e já vou no “C” mas já não vou avançar mais pelo abecedário da procriação.
A minha filha ainda tem os olhos claros. Aquela translucidez luminosa de quem acabou de nascer em que a retina ainda não se adaptou ao manancial de luz e matizes do mundo exterior e, por isso, ainda não tem uma cor de olhos definida.
Tem as expressões e o nariz da mãe (todos eles têm) mas tem o pé magrebino como o pai.
A confecção genética do Ser faz sempre de modo que, ao encher o cabaz dos cromossomas, vai buscar uma parte à prateleira do pai e a outra à prateleira da mãe. Deve ser para repartir a nossa herança de maneira uniforme.
O resultado dormita agora no seu Ovo (ou Baby Cock, como dizem aqui em Braga) em cima da cama dos seus pais.
Mais um interregno.
Entretanto, muita água correu por baixo da ponte...
Fui pai novamente de mais uma menina lindíssima. Estou a contribuir para o proliferar da minha semente para aumentar a população nacional. Comecei no “A” e já vou no “C” mas já não vou avançar mais pelo abecedário da procriação.
A minha filha ainda tem os olhos claros. Aquela translucidez luminosa de quem acabou de nascer em que a retina ainda não se adaptou ao manancial de luz e matizes do mundo exterior e, por isso, ainda não tem uma cor de olhos definida.
Tem as expressões e o nariz da mãe (todos eles têm) mas tem o pé magrebino como o pai.
A confecção genética do Ser faz sempre de modo que, ao encher o cabaz dos cromossomas, vai buscar uma parte à prateleira do pai e a outra à prateleira da mãe. Deve ser para repartir a nossa herança de maneira uniforme.
O resultado dormita agora no seu Ovo (ou Baby Cock, como dizem aqui em Braga) em cima da cama dos seus pais.
Continuo em Braga mas mudei de casa. Mudei-me para o centro da cidade e abandonei o campo. Como esta mudança constatei várias situações...
Morar no centro da cidade (qualquer que ela seja) é um aumento exponencial da qualidade de vida, pois ficamos mais próximos de tudo e o recurso ao carro decorre do estritamente necessário e não porque não temos outra alternativa.
Outra mais valia é o facto de já não termos de conviver com a população campesina dos arrabaldes de Braga. Não tenho nada contra com a população rural mas a sua mentalidade é por demais mesquinha e tacanha e, por esse motivo, entrar em conflito com a minha filosofia de vida e da minha família. São pessoas metediças na vida umas das outras e avessas a qualquer tipo de aproximação de pessoas estranhas à comunidade. Ou seja, se nós fossemos lá só para férias, estava tudo OK; mas se a proposta for passarmos a ser vizinhos, a sua reacção é de indiferença ou até de agressividade. Por isso, eu e a minha mulher decidimos voltar a habitar num sítio mais civilizado, onde os vizinhos dizem “Bom dia” e “Boa tarde” e não chateiam mais.
Hoje é Sexta-feira Santa e chegam os meus sogros que vêm da capital do Império para passar a Páscoa connosco. Espero que seja pacífica e tranquila.
Morar no centro da cidade (qualquer que ela seja) é um aumento exponencial da qualidade de vida, pois ficamos mais próximos de tudo e o recurso ao carro decorre do estritamente necessário e não porque não temos outra alternativa.
Outra mais valia é o facto de já não termos de conviver com a população campesina dos arrabaldes de Braga. Não tenho nada contra com a população rural mas a sua mentalidade é por demais mesquinha e tacanha e, por esse motivo, entrar em conflito com a minha filosofia de vida e da minha família. São pessoas metediças na vida umas das outras e avessas a qualquer tipo de aproximação de pessoas estranhas à comunidade. Ou seja, se nós fossemos lá só para férias, estava tudo OK; mas se a proposta for passarmos a ser vizinhos, a sua reacção é de indiferença ou até de agressividade. Por isso, eu e a minha mulher decidimos voltar a habitar num sítio mais civilizado, onde os vizinhos dizem “Bom dia” e “Boa tarde” e não chateiam mais.
Hoje é Sexta-feira Santa e chegam os meus sogros que vêm da capital do Império para passar a Páscoa connosco. Espero que seja pacífica e tranquila.
A seguir ao trabalho ainda tenho de ir comprar o borrego. Devo ir pagar uma batelada porque já só deve haver cabrito.
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