10/04/2009

A Fénix e a Páscoa

Estou de volta.
Mais um interregno.
Entretanto, muita água correu por baixo da ponte...
Fui pai novamente de mais uma menina lindíssima. Estou a contribuir para o proliferar da minha semente para aumentar a população nacional. Comecei no “A” e já vou no “C” mas já não vou avançar mais pelo abecedário da procriação.
A minha filha ainda tem os olhos claros. Aquela translucidez luminosa de quem acabou de nascer em que a retina ainda não se adaptou ao manancial de luz e matizes do mundo exterior e, por isso, ainda não tem uma cor de olhos definida.
Tem as expressões e o nariz da mãe (todos eles têm) mas tem o pé magrebino como o pai.
A confecção genética do Ser faz sempre de modo que, ao encher o cabaz dos cromossomas, vai buscar uma parte à prateleira do pai e a outra à prateleira da mãe. Deve ser para repartir a nossa herança de maneira uniforme.
O resultado dormita agora no seu Ovo (ou Baby Cock, como dizem aqui em Braga) em cima da cama dos seus pais.


















Continuo em Braga mas mudei de casa. Mudei-me para o centro da cidade e abandonei o campo. Como esta mudança constatei várias situações...
Morar no centro da cidade (qualquer que ela seja) é um aumento exponencial da qualidade de vida, pois ficamos mais próximos de tudo e o recurso ao carro decorre do estritamente necessário e não porque não temos outra alternativa.
Outra mais valia é o facto de já não termos de conviver com a população campesina dos arrabaldes de Braga. Não tenho nada contra com a população rural mas a sua mentalidade é por demais mesquinha e tacanha e, por esse motivo, entrar em conflito com a minha filosofia de vida e da minha família. São pessoas metediças na vida umas das outras e avessas a qualquer tipo de aproximação de pessoas estranhas à comunidade. Ou seja, se nós fossemos lá só para férias, estava tudo OK; mas se a proposta for passarmos a ser vizinhos, a sua reacção é de indiferença ou até de agressividade. Por isso, eu e a minha mulher decidimos voltar a habitar num sítio mais civilizado, onde os vizinhos dizem “Bom dia” e “Boa tarde” e não chateiam mais.
Hoje é Sexta-feira Santa e chegam os meus sogros que vêm da capital do Império para passar a Páscoa connosco. Espero que seja pacífica e tranquila.
A seguir ao trabalho ainda tenho de ir comprar o borrego. Devo ir pagar uma batelada porque já só deve haver cabrito.