04/04/2008

Let Freedom Ring …

O sonho não era dele

Ao (re)ler sobre a morte do pastor afro-americano, Martin Luther King, e dos seus contributos e participação na luta de Desobediência Civil não-violenta que preconizou durante a década de ’60, atingi duas conclusões.

A primeira reside no exemplo da desobediência da Sra. Rosa Parks. Como um singelo episódio de uma pequena contra-ordenação (para a altura seria considerado como tal) desenvolve em proporções para desencadear algo maior e incontrolável, como foram todas as manifestações posteriores que originaram o Movimento pelos Direitos Civis Norte-Americano. Ou seja, o pequeno acontecimento histórico que pode dar (e deu) origem a uma alteração estrutural na história norte-americana. Um exemplo e uma lição a não esquecer para que tenha ciente que, qualquer acção por nós tomada ou decidida nunca é irrelevante; tem sempre repercursões no Futuro.
A segunda alcancei-a quando ouvi novamente o seu apaixonante discurso. Ele teve um Sonho. Sonho esse que foi e é partilhado por outros homens e mulheres. Mas este homem do clero que professou ideais de esquerda, de não-violência, com busca ao seu objectivo de Liberdade para Todos, ainda não concretizou esse Sonho. Em 2008, temos de ter a noção que, apesar de terem decorridos 40 anos da sua morte, não podemos abandonar a luta para alançarmos esse Sonho; o mais belo e aprazível de todos.