24/01/2008

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O doce linho
que pinta a paisagem em socalcos de tecido maninho
Os lânguidos dedos que desenham na areia
vales e elevações do horizonte
que é fertilizado diante meus olhos
Toda esta beleza dos anos a espraiar
como botões silvestres a desabrochar
da flora na silhueta do corpo duma mulher
Teu ventre
a suavidade da lonjura que eu almejava e agora posso abraçar
que nem o errante sem destino
que encontra a sua bifurcação oculta debaixo da luxúria de um corpo feminino
para desvendar no seu interior
o sereno e revolto amor
É a chaga bendita
É a vergastada em benesses perfumadas
É o golpe fundo cravado que desejo gretado para toda a eternidade
A marca
o beijo
que fez ti o meu cais