22/01/2008

A Volta ao Mundo em 80 Vinhos

No dia...aliás, na noite do meu aniversário, fizemos uma prova de vinhos. Não fui eu que os comprei como é óbvio porque o meu orçamento dá para comprar os vinhos do Minipreço e, de quando em vez, em dia de festa, compra-se um Marquês de Borba para festejar com a minha amada.
Como dizia fizemos uma prova de vinhos com representantes de vários pontos do globo. A ver se eu me consigo recordar de todos... Califórnia, Chile, Pernambuco, Itália, Austrália, Argentina, Castilla y Leon, Douro e Alentejo.
Nesta viagem vitivinícola demos várias voltas ao Mundo e aos aromas do suco de Baco, visitaram-se outras regiões e outras degustações. Mas, por mais voltas que se dê, a conclusão final é expectável. Talvez por habituação, talvez porque são efectivamente vinhos bem elaborados, a melhor prova foi a do final, quando se bebeu o Alentejano.
Gosto muito dos vinhos nacionais e é muito raro beber vinhos de outras regiões. Apesar de, durante o Verão, beber vinho branco leve, a minha predilecção vai para o vinho tinto.
Só há 3 regiões que compõem usualmente a minha garrafeira: Dão, Douro e Alentejo – com clara vantagem para esta última.
Actualmente – e numa lógica qualidade/preço porque os tempos que correm não estão para os ajustes – há 3 representantes de cada uma das regiões vinícolas que adornam a minha mesa de jantar.
São eles:

Casa da Capela (Douro),



















Quinta do Cabriz (Dão)















e Herdade do Penedo Gordo (Alentejo).















Todos de 2004 e recomendo-os a todos.
Recordo-me de um filme que vi o ano passado sobre esta temática, de seu nome Mondovino, que é um documentário muito interessante. Aborda mais a temática das guerras comerciais e de influência cultural entre as maiores regiões produtoras de vinho no Mundo e é interessante o espelho da rivalidade entre as principais famílias do Napa Valley e da Bourgogne: como os americanos abraçam o fabrico do vinho e assumem sem rodeios o seu carácter de negócio industrial, em contraponto com a visão tradicionalista do patriarca da família borgonhesa.























É também deste patriarca o aforismo mais bem tirado de todo o filme: "Où il y a de la vigne, il y a de la civilisation. Il n’y a pas de barbarie." Hubert de Montille (Volnay). É bem capaz de ter razão o velhote. O próprio acto de sabermos como plantar, vindimar, produzir, engarrafar, envelhecer, degustar, comercializar um bom vinho; de transformarmos uma arte num negócio, um prazer gustativo numa cultura, é a prova de que somos uma civilização mundial.
Afinal, há Vinho em qualquer ponto do Mundo.