05/02/2008

Um Carnaval Português

Eu nunca fui grande fã do Carnaval. Talvez porque a sua folia e o seu brasileirismo sejam qualidades algo avessas à minha personalidade.
Quando tirei o curso de Antropologia ganhei um pouco a admiração pelas representações tradicionais das comemorações do Carnaval pelas comunidades em Portugal. Uma ocasião repleta de fortes casos de Zé-pereiras que fazem barulho pelas ruas abaixo; os Gigantones aos pulos; os Caretos e os seus badalos atrevidos de Podence; as máscaras em madeira esculpida em Lazarim. Gostei de conhecer as suas cores garridas perfeitamente adaptadas ao nosso clima carnavalesco.







Isto antes das Invasões Brasileiras inocularem o Carnaval português de samba e pagode. Apesar de não fazer o meu género cultural, está desajustado da realidade da nossa tradição. Claro que são os povos que fazem, constroem, fabricam a tradição e a sua cultura. E essa troca carnavalesca também aconteceu de Portugal para o Brasil como é normal de acontecer nas trocas culturais entre povos.
Mas, apraz-me mais a visão de um Careto de contra um céu cinzento carregado de humidade.