04/05/2009

Vasco Granja e os Desenhos Surrealistas








Vasco Granja morreu na madrugada de segunda-feira, em Cascais

Não vou ser falso ou faccioso e dizer, agora, hoje, que “eu adorava os desenhos animados do Vasco Granja”. Não. Na minha meninice achava-os confusos e escanifobéticos (como eu talvez diria na altura).
Claro que não deixavam de ser programas que eram uma pedra no charco da realidade cultural infantil da altura. Não que eu tenha algo contra os programas infanto-juvenis de então, que metem num canto e dão uma cabazada de qualidade aos actuais. Basta-me dar três exemplos: “Tom Sawyer”, “Conan, o Rapaz do Futuro” e “As maravilhosas Cidade d’Ouro” – e estes são somente alguns dos melhores.
Mas voltando ao Vasco Granja, acho piada ao recordar aquelas manhãs surrealistas em que eu e o meu irmão tentávamos a todo o custo extrair alguma diversão em ver aqueles desenhos bizarros ou até tentar percebê-los.
Uma das melhores homenagens que pode vir a ser feita ao Vasco Granja e todo o seu legado (sim, porque não haveria festivais como o Cinanima sem o impulsionador que ele foi) era recuperar o brilhante sketch do Herman Enciclopédia, com o qual ele próprio colaborou. Um homem que sabia rir de ele próprio.