Depois de Adormecer

Ultimamente tenho tido um sonho repetido que no qual vejo uma família que habita numa Estação espacial na órbita de uma das luas de Júpiter.
Vejo eles a viajar nos space shuttles, a confraternizarem num café da Estação.
Tal imagem advém por certo do fascínio que sempre tive por ficção científica. Tanto que, recordo-me da na minha adolescência já gostar do 2001 enquanto os meus amigos odiavam e achavam bizarro o filme.
Ontem, adormeci com a música do Facas em Sangue na mente.
É usual acontecer quando, antes de abandonar a consciência, fiquei aninhado em concha com a minha amada, agarrado ao seu seio. Nós dois, num casulo tépido de Amor, traz-me à memória as palavras da letra do Adolfo inspirada nos versos do Jorge de Sena.
Um Amor cálido e que passeamo-lo pelas ruas deste país sem qualquer temor.
Às vezes, erguem-se vozes descontentes. Eu e a minha amada somos uma muralha de persistência e de fé inviolável na paixão e carinho que temos no nosso Amor e no furto que dele brotou.
Claro que existiram contrariedades e complicações, mas houve algo que permaneceu imutável: nosso abraço forte e contínuo.
Assim como a canção...
Vivia na temperatura tépida dos lençóis